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    João Vitor: Impulsionar negócios com tecnologia

    “Minha carreira sempre foi focada em ajudar negócios a escalarem, seja como executivo, mentor, investidor ou conselheiro”, explica João Vitor Chaves Silva, Sócio, COO e CPTO da G4 Educação.

    Nascido em Minas Gerais, João Vitor Chaves Silva cresceu em uma cidade chamada Itabirito, a cerca de 50 KM de Belo Horizonte, onde fez faculdade de Engenharia de Energias Renováveis na FUMEC. Durante esse período de formação, se engajou com o movimento Empresa Jr e, em 2015, foi para os Estados Unidos estudar negócios e inovação em um programa do MIT.

    Essa experiência o levou a largar a graduação em engenharia para empreender. Em 2017 se tornou o primeiro funcionário na Suno Research, empresa que ficou por três anos. Pouco depois, se uniu ao G4 Educação, ainda no primeiro ano da empresa, em outubro de 2019. 

    O que você aprendeu na sua experiência no MIT que trouxe para o Brasil e carrega nas suas vivências atuais?

    No MIT, estudei uma metodologia chamada “Disciplined Entrepreneurship”. Com ela aprendi muito sobre como reduzir as incertezas e ter um modelo estruturado para construir coisas que realmente geram impacto. Tive contato com pessoas de diversos países e trabalhei em ideias que iam de redes sociais a sistemas de redução de impacto de derramamento de petróleo no mar. Isso me ajudou a entender melhor as possibilidades e conectar diferentes formas de pensar e lidar com problemas.

    Quais são os maiores desafios e oportunidades de estar à frente da área de tecnologia de uma das EdTechs que mais cresce no país?

    O grande desafio é conseguir conciliar o curto e o longo prazo. Como, ao mesmo tempo que tomamos decisões que vão ajudar a bater as metas no próximo trimestre, construímos as bases para os próximos dez anos?

    Existe aquela frase do “É mais fácil falar do que fazer”, e na vida real é exatamente assim. É muito fácil falar sobre usar o modelo de horizontes de growth da McKinsey ou a regra de pareto para alocar recursos, mas na prática não é óbvio. Até porque muitas vezes sequer sabemos o impacto de cada escolha.

    Então fica sempre a dicotomia do equilíbrio. Será que eu deveria investir recursos na parceria sobre AI com a Microsoft, criar meu app próprio ou automatizar um sistema para ter eficiência no time? No fim, é um jogo de alocação de recursos bastante desafiador e que a resposta vem um bom tempo depois da decisão ser tomada.

    Como você acha que as IAs vão impactar o futuro do trabalho e as profissões das pessoas?  

    Eu li um texto que falava que “AI é um software ruim, mas uma pessoa boa”. E isso acontece porque a AI, ao menos hoje, é ruim em coisas que achávamos que ela seria boa e boa em coisas que nem imaginamos que ela poderia fazer. Se você pede uma AI do tipo generative text para fazer uma conta, por exemplo, ela erra muitas vezes contas simples. Mas se você pede para ela fazer uma análise de sentimentos e trazer insights em um texto, ela consegue.

    Mantendo isso em mente, a melhor forma de pensar em uma AI é como um estagiário ou assistente, disponível para te ajudar no dia a dia, mas que precisa ser tratado mais como pessoa do que como software. Ou seja, é menos sobre apertar um botão e ter a resposta perfeita e mais sobre interagir. Seguindo essa linha de pensamento, vejo que o futuro do trabalho vai ser composto por times menores, em número de pessoas, mas que entregam mais, já que possuem a AI como um parceiro de trabalho.

    No G4 Educação, como vocês desenvolvem as equipes para lidarem com as constantes evoluções tecnológicas?

    Além de programas formais de desenvolvimento, a nossa cultura organizacional é uma base importante para isso. Somos muito abertos a inovar, testar e arriscar, estimulamos abertamente o time a fazer isso, damos suporte e valorizamos publicamente.

    No fim do dia, é muito difícil ensinar a inovar, porque inovação, por definição, vem de fazer ou criar coisas novas. E, se é novo, como eu posso ensinar a fazer? Por isso o foco está muito em preparar o time para filtrar ruídos, focar no que realmente gera valor, e saber como testar e experimentar de maneira controlada e estruturada para gerar mais resultados.

    Qual é o seu legado rock?

    Gosto de pensar que estou ajudando a construir um Brasil melhor para o futuro. Eu e meus sócios compartilhamos uma crença comum de que é o empreendedorismo que transforma a sociedade, gerando inovação, emprego e renda.

    Então a dedicação é sempre para apoiar e inspirar empreendedores, gestores e profissionais a buscarem formas de fazer isso, de criar negócios melhores, que crescem mais, geram mais empregos e criam um país melhor para o futuro.

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