Ana Carolina Marques Furtado, Head of People da ioasys – Alpargatas S.A., vive no dia a dia do RH a missão de impulsionar empresas, pessoas e futuros.
Curiosidade é a palavra que define Ana Carolina, que é movida por conhecer e entender os contextos, pessoas e situações que a rodeiam. Ela não tem medo de fazer perguntas e não se satisfaz com qualquer resposta. Seu interesse genuíno pelas diferentes formas de pensar e agir contribuíram na construção de sua carreira, marcada por experiências corporativas em setores diversos.
Ao longo da sua carreira, você passou por grandes empresas. Qual era o desafio comum na relação pessoas X novas tecnologias?
Dizem que existe uma grande verdade e uma grande mentira quando falamos de empresas: que todas elas são iguais e que todas são diferentes. Mas, no fim das contas, estamos sempre falando de pessoas. Então o desafio é sobre entender as pessoas e criar um ambiente que as mantenha informadas, alinhadas e apoiadas. Além disso, ajustar os processos para que a área de People apoie o negócio e apoie os profissionais igualmente.
Recentemente, na ioasys, vocês lançaram o PDI gerado 100% por IA. Como foi a construção desse projeto?
Esse foi um projeto que começou por curiosidade. Em resumo, quando surgiu o ChatGPT, eu e um parceiro da minha área – Henrique Cacique, queríamos implementar a novidade na área, mas ainda não sabíamos como. Fizemos alguns primeiros testes com comunicação: criamos uma brand persona e um chatbot. Quando surgiu o período de avaliação de performance, conversei com ele sobre minha dificuldade nos processos de PDI, que considerava enviesados, com pouco foco no colaborador. Então ele deu a ideia de testarmos com IA. Fizemos um piloto, gostamos do resultado e a partir daí fomos aperfeiçoando com o objetivo de resolver nossas dores como pessoas e colaboradores.
Você também é responsável pela área de People Analytics. Qual tem sido o impacto dessa frente para a equipe a para o negócio?
A área de People Analytics tem um impacto enorme sobre as pessoas. Se temos dados, mas não fazemos a gestão dessas informações, eles são irrelevantes. Mas quando começamos a fazer gestão sobre os dados que temos sobre as pessoas, isso nos permite saber no que estamos acertando e no que estamos errando. Para mim, na posição que ocupo hoje, em uma empresa de serviços de transformação digital, é um direcionador de como conduzir os processos que impactam o negócio e os colaboradores. A velocidade com que eu consigo contratar, prever turnover, encontrar informações específicas e ter a gestão sobre isso, faz toda a diferença e é graças à evolução da área de People Analytics.
Qual é o seu legado rock?
Em tempos em que tudo é instantâneo, pensar sobre deixar um legado é uma questão provocadora e intensa. Quando penso sobre isso, acredito que seja minha capacidade de adaptação, de ser flexível, sempre me mantendo fiel a mim, enquanto integro os interesses do negócio e das pessoas. Mas, principalmente, minha curiosidade e interesse pelas pessoas.
Top 3 conteúdos para aprender.
- Podcast: projeto Querino
- Livro: O Segundo Sexo – Simone de Beauvoir
- Livro: Originais: Como os inconformistas mudam o mundo – Adam Grant