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    Bruno Szarf: O elo entre cultura e inovação.

    Bruno Szarf, em seus mais de 16 anos de carreira no RH, traz consigo uma visão estratégica que alia inovação à valorização das pessoas. Atualmente, ele ocupa a posição de Vice-Presidente Global de Gente e Cultura do Grupo Stefanini, multinacional brasileira presente em 41 países.

    Formado em Engenharia Elétrica pela UNESP, Bruno começou sua jornada no RH de forma inesperada, ao assumir interinamente a posição de uma diretora em licença-maternidade na Elektro, empresa do Grupo Neoenergia. Desde então, construiu uma trajetória sólida, sempre com o olhar voltado para alinhar o RH à estratégia de negócios. Antes de ingressar no Grupo Stefanini, atuou em cargos de liderança em grandes corporações como Ypê e Cruzeiro do Sul Educacional, buscando inovação e eficiência nas suas frentes de atuação.

    Com uma sólida formação acadêmica que inclui pós-graduação em Finanças pela FGV, um Master em Gestão Estratégica pela USP e um Master em Governança & Nova Economia pela Gonew. Community, Bruno também traz uma bagagem internacional com estudos em Business Administration pela Esade. Em nossa entrevista, ele compartilha suas reflexões sobre a importância da IA na cultura organizacional e o papel do RH no contexto global do Grupo Stefanini.

    Como o RH da Stefanini Group se alinha e acompanha a inovação constante da empresa?

    Trabalhamos com os melhores processos de RH, criando um elo cada vez maior entre a cultura de inovação da empresa e a formação de talentos. Identificamos os talentos e treinamos as pessoas para alocá-las nas áreas em que poderão se desenvolver e contribuir mais com o negócio. O Grupo Stefanini possui uma academia (Stefanini Academy) para preparar os profissionais, que normalmente ficam vários anos na empresa. Há pessoas que estão desde o início da empresa, profissionais contratados há mais de 20 anos, o que demonstra o investimento na construção de carreira e o apoio da corporação nesse processo.  Temos uma cultura muito focada em empoderamento e decisão na ponta, ao mesmo tempo em que focamos na qualidade e inovação em nossos clientes. Pensando nisso, teremos mais de 1 milhão de horas de treinamento e certificações este ano, além usar tecnologia para facilitar a vida das pessoas, como, por exemplo, o plano de carreira, que usa IA para orientar os colaboradores sobre os pontos que precisam desenvolver para alcançar uma nova posição ou atuar em outra área.

    E em quais de seus projetos e processos a IA está presente? Conte um pouco a respeito. 

    É nítida a percepção na qualidade do nosso trabalho e IA tem melhorado muito essa ação nos processos de RH, diminuindo o retrabalho em até 30%. A implementação de IA no sistema de análise de currículo, por exemplo, pode gerar um ganho de 80% de produtividade. Outro exemplo que tem sido bem explorado com IA é na contratação e nas entrevistas, já que é possível gravar e transcrever seu conteúdo. E IA vai além, destacando o quão próximo daquelas perguntas ou daquelas respostas é possível direcionar o dado que se está buscando. No entanto, vale reforçar que a definição ainda é do recrutador. Aqui, é a IA facilitando a vida do profissional de RH e gerando mais tempo para funções estratégicas de análise e escolhas o contratante adequado para cada perfil de vaga.

    Usamos IA, inclusive, em nosso evento Global All Hands, para que seja transmitido em três ou mais línguas para os 41 países. Hoje, o RH é o responsável pela evolução cultural no grupo. São mais de 4.500 pessoas usando IA diariamente em nossa plataforma, onde temos mais de 1500 prompts. Ali medimos o uso, por país, pessoa, cliente e conseguimos também fazer com que a adoção seja massiva e responsável.

    Na sua opinião, a IA poderá substituir empregos humanos no futuro?

    Não. O que vai ocorrer, na minha opinião, é a transformação dos empregos. Se analisarmos o cenário anterior à Revolução Industrial, as pessoas apertavam os parafusos. Depois vieram as máquinas que produziam e apertavam os parafusos com a supervisão do humano. A internet se popularizou em 1990, há 34 anos, por exemplo. Hoje, não só estamos conectados, como há pessoas que estão aí programando coisas incríveis.

    A pergunta que devemos fazer não é se vamos perder ou não o nosso emprego para IA, mas se vai concorrer com quem usa IA a seu favor, explorando o máximo da tecnologia que é totalmente inclusiva.

    Qual você considera o maior erro e o maior acerto no uso de IA e novas tecnologias nas empresas? 

    Para uma empresa global, como é o caso da Stefanini, o impacto positivo da IA para a criação de uma cultura unificada não pode ser menosprezado. Conseguimos, por exemplo, traduzir conteúdo para mais de 160 línguas, usando IA. Isso permite aproximar pessoas que estão em vários países e possibilita que elas compreendam melhor o conteúdo de treinamentos e reuniões, o que aumenta o engajamento dos colaboradores. Porém, nem tudo são flores. A adoção da IA em benefício dos negócios depende da existência de processos que utilizem dados inteligentes e nos quais as pessoas sejam capazes de fazer boas perguntas. Não adianta aplicar a IA, por exemplo, a um processo jurídico de 400 páginas e fazer dezenas de perguntas se essas questões não são qualificadas e não exploram o potencial da ferramenta. E outro ponto que as empresas precisam estar cada vez mais atentas é com o investimento em segurança. 

    Como foi receber o reconhecimento de RH mais admirado do Brasil?

    Certamente foi um dos momentos mais felizes da minha trajetória profissional. É um reconhecimento a todos que valorizam a gestão e o bem-estar das pessoas na estratégia do negócio. Também é um desafio porque, a partir desse reconhecimento, existe uma exigência interna para me desenvolver cada vez mais como um líder capaz de engajar os profissionais. 

    Que conselho você daria para si mesmo no início da sua carreira?

    Viver cada fase de sua vida profissional como se fosse única, buscando se aprimorar ao máximo para poder assumir novas jornadas. Aprenda com os erros, não se culpe ou julgue tanto, o mais importante é aprender e extrair o melhor dos aprendizados. Corra atrás do que deseja, se prepare, estude, faça seu melhor com disciplina e consistência  e seja feliz!

    Qual é o seu legado ROCK?

    Gosto muito de acompanhar o crescimento das empresas e, junto com ele, o crescimento das pessoas, tanto no lado profissional quanto pessoal. Quero ouvir cada vez mais histórias de pessoas que cresceram – e estão crescendo – dentro do Grupo Stefanini. Fico muito feliz em ouvir conquistas pessoais e profissionais de todos. Quando progredimos, existe uma energia e uma vibração positiva que é contagiante. Um dos diferenciais da empresa é como engajamos os talentos, olhar para esses talentos que estão há algum tempo conosco e investir sempre nesses profissionais para que eles cresçam junto com a história da empresa. 

    CONTEÚDOS PARA O AUTODESENVOLVIMENTO:

    Livro: “Dedique-se de coração” – Howard Schultz

    Filme: “À procura da felicidade” – Chris Gardner

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