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    Maurício Moraes: Paixao pelo setor rural.

    33 anos de experiência amparam a base sólida de gestão e liderança de Maurício Moraes, sócio líder de Agribusiness Brasil da PwC e CEO do Agtech Innovation.

    Casado, Moraes tem uma filha de 19 anos, mora atualmente em Campinas, cidade que escolheu pela facilidade logística para viagens dentro e fora do Brasil. Natural do Paraná e filho de produtor rural, iniciou a carreira na PwC em Curitiba/PR, passando por outros escritórios da marca, sendo sua última experiência em Ribeirão Preto, onde atuou como responsável pelas operações da PwC durante 13 anos.

    O CEO conta que gosta de pedalar, viajar e estar com a família e amigos. Profissionalmente, também destaca sua função de Vice-Presidente de Governança e Relação com CFOs do IBEF Interior Paulista. 

    Como iniciou sua trajetória no agro? Sempre esteve nos seus planos seguir carreira no setor?

    Como filho de produtor rural, o Agro sempre esteve presente na minha vida. Além de ter trabalho na atividade rural, em 2007 fui convidado na PwC para liderar o escritório de Ribeirão Preto. Essa é uma região bastante agrícola e nossa atuação também se expande para atender clientes em outros estados, como por exemplo o Mato Grosso, sempre focados no agro. Me aprofundei muito no conhecimento do setor e de gestão de empresas familiares e de multinacionais que atuam no agro.

    Apaixonado pelo setor, em 2019 fui convidado para assumir a liderança da indústria de Agribusiness na PwC e estou nessa liderança até hoje. Dentro da Indústria temos o Centro PwC de Excelência em Agribusiness (CoE), com profissionais com diversas formações no setor e que pesquisam, dividem conhecimentos e fazem projeções de tendências para apoiar nossos profissionais na PwC e nossos clientes nos diversos projetos que realizamos. Também temos o PwC Agtech Innovation, que orquestra o maior ecossistema de inovação do Agro apoiando produtores, corporações, startups etc na solução de desafios concretos que se apresentam diariamente. 

    Qual foi o maior desafio que você já enfrentou como líder da indústria de Agribusiness na PWC Brasil?

    Certamente no início meu maior desafio foi conhecer profundamente o agro e suas especificidades, bem como estar próximo das atividades agrícolas e conhecer seus desafios. O Brasil é muito grande e o agronegócio está por todas as regiões brasileiras. Cada região e cada tipo de produto agrícola tem particularidades diferentes, seja de rentabilidade e produtividade, condições climáticas, qualidade do solo, gestão operacional, bem como a cultura regional das pessoas e maneira de fazer negócio.

    Ao mesmo tempo, o agro também é influenciado por demandas e ofertas internacionais, tais como insumos, produção agrícola, políticas de protecionismo, preços das commodities, conflitos geopolíticos, etc. Isso tudo é muito fascinante, porém demanda muito estudo, habilidades diversas e flexibilidade. Nesse sentido, nosso CoE foi fundamental para eu superar esse desafio e continua sendo, em um mundo de constantes mudanças.

    Na PwC, temos um network que opera em mais de 150 países e conta com mais de 360 mil profissionais com diversas especialidades. Uma verdadeira comunidade de “solvers”, que se unem para entregar nosso propósito de construir confiança na sociedade e resolver problemas complexos. Isso faz toda a diferença quando algum grande desafio se apresenta e a segurança de que, junto com o time da PwC e com nossos clientes, poderemos superá-los. 

    Como é a atuação do PwC Agtech Innovation junto às empresas e produtores?

    Nossa atuação é centrada em inovação aberta no agronegócio. O Agtech Innovation é um dos principais hubs de inovação do setor a nível mundial e é protagonista de uma nova dinâmica da inovação: aberta, em rede, colaborativa e ágil, focado em potencializar a capacidade de inovação de todos os envolvidos e entregar resultados sustentáveis.

    O Agtech Innovation conecta e impulsiona grandes empresas, startups, produtores, investidores, academia entre outros atores do ecossistema de inovação do agro, para inovar e desenvolver soluções tecnológicas que tornam o setor mais inclusivo, competitivo e sustentável.

    Quais as tendências que você acredita que irão despontar no setor agro brasileiro nos próximos anos?

    Os assuntos que irão protagonizar o debate no agro são: o manejo sustentável e agricultura regenerativa; biotecnologia; descarbonização (de toda a cadeia); mudanças climáticas; produtores: conectividade, capacitação e cooperação; rastreabilidade; Big Data e Inteligência Artificial.

    Como as empresas podem utilizar a tecnologia para impulsionarem mais a sustentabilidade?

    A grande maioria das soluções para um problema concreto passa por inovação apoiada por tecnologia e no caso da sustentabilidade não é diferente. Portanto, certamente as ideias e soluções que estão sendo desenvolvidas em prol da sustentabilidade precisam da tecnologia para operar dentro das organizações e escalar dentro do mercado. 

    O grande desafio das empresas é fazer os investimentos corretos, que de fato gerem valor e atinjam os objetivos esperados. Com tantas ideias e novas tecnologias à disposição de todos, é fundamental que as decisões de investimentos sejam alinhadas aos propósitos do negócio e, principalmente, à estratégia da empresa. 

    Qual é o seu legado “rock”?

    Trabalho e vivo meu dia a dia praticando meus valores, que são minha essência. Por isso, espero inspirar as pessoas sobre a importância de viver seus próprios valores.

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