O atual presidente da ABRH-RS, Pedro Henrique Luiz Fagherazzi, possui uma extensa bagagem na gestão de pessoas e reflete sobre a ascensão da inteligência artificial dentro da área. Segundo ele, a tendência é de que a ferramenta sirva como auxílio para os processos de RH, mas alguns cuidados precisam ser tomados.
Com uma carreira que se estende por mais de quatro décadas, Pedro Luiz Fagherazzi iniciou sua trajetória profissional no Grupo Panvel, em 1981, período em que descobriu sua vocação na área de Recursos Humanos. Ao longo da carreira, ocupou posições estratégicas em diversas empresas de renome, sendo a mais marcante o Grupo RBS, onde atuou por 26 anos. Por lá, iniciou como Analista de Cargos e Salários e finalizou na posição de Diretor de Recursos Humanos, consagrando sua vasta expertise em gestão de pessoas. Hoje, Pedro Luiz é presidente voluntário da ABRH-RS, onde segue contribuindo para o desenvolvimento do RH no Brasil. Nas horas vagas, ele também encontra tempo para cuidar de uma propriedade rural da família, em Farroupilha (RS), fortalecendo sua conexão com as raízes gaúchas e a proximidade com os seus familiares.
Como Presidente da ABRH-RS, o que você considera mais gratificante na condução de um evento como o CONGREGARH?
Para mim, sempre é gratificante poder trazer conteúdos atuais e inovadores para os congressistas, fazendo com que possam levar para suas empresas o que há de melhor no que se refere a Gestão de Pessoas. Por isso que nosso congresso é procurado não só pelos profissionais de Recursos Humanos. No Congregarh de 2023, 44% dos congressistas tinham posição de liderança, sendo que destas 23% em posição executiva. Também é gratificante saber da satisfação dos nossos patrocinadores e expositores da nossa feira de negócios, que acontece concomitantemente ao congresso. Uma oportunidade única às empresas que oferecem serviços e produtos para as áreas de recursos humanos.
Quais transformações você espera ver no RH com a adoção da IA?
Toda nova tecnologia é sempre bem-vinda, em que pese trazer junto consigo alguns cuidados. Acerca da IA, minha expectativa é que venha auxiliar na melhoria da prestação dos serviços da área de Recursos Humanos para os funcionários das empresas, o aumento da produtividade, assim como facilitar a gestão mais individualizada das pessoas, por meio dos gestores das diversas áreas das organizações. O cuidado que vejo é a possibilidade de afastar o contato entre as pessoas e entre líderes e liderados, que no meu entender é fundamental para uma empresa sadia.
Que competência você julga fundamental para o sucesso de líderes?
A principal competência para um líder é justamente saber liderar uma equipe, ser motivador, mobilizador, orientador, desenvolvedor, acolhedor, transferidor de conhecimentos.
Qual é o seu legado rock?
Me orgulho muito em ver pessoas que fizeram parte das minhas equipes ocupando posições importantes dentro das organizações, em cargos executivos na área de Recursos Humanos. Entendo também que essa minha militância e dedicação voluntária, há 27 anos, para uma entidade como ABRH-RS é um legado que eu deixo. Quando faço isso, sempre penso na minha filha, que me vê e acompanha. Esse é o exemplo que quero deixar para ela.
CONTEÚDOS PARA O PROFISSIONAL DO FUTURO
Livro: Conversas Difíceis, de Bruce Patton
Livro: Nosso iceberg está derretendo, de John Kotter.